Rally – Dakar 2024, na décima etapa, carro da MSL Rally faz o 12º tempo entre os Challenger

Gunter Hinkelmann e Fabrício Bianchini cruzaram a chegada da décima etapa do 46º Dakar, nesta quarta-feira (17), eufóricos com sua melhora de desempenho. A dupla completou os 371 quilômetros da especial em forma de laço em torno da região de Al’Ula com o 12º melhor tempo entre os carros da Challenger (UTVs T3), em 4h07m03s. O resultado influiu diretamente na tabela classificatória acumulada da divisão, na qual o conjunto subiu mais duas posições e agora figura no 23º lugar, somando 89h11m08s.

Nesta décima especial da competição, que teve formato de laço em torno das rochas monumentais da região de Al’Ula, a dificuldade maior foi na navegação. Um trecho cronometrado que pôs a prova a perícia e astúcia dos competidores. O percurso foi formado por um labirinto, com muitas mudanças de direção, poucas retas, muitas pegadinhas e waypoints escondidos. Desta vez, teve menos dunas do que nas etapas anteriores, mas isso não significou que os obstáculos fossem menores. Um trajeto que exigiu muita estratégia e foco. E qualquer erro poderia significar a perda de minutos preciosos na cronometragem.

Com a MSL Rally não foi diferente. A  UTV T3 Max (FIA) Taurus #343 desenvolveu bem ao longo do  percurso. Nos primeiros pontos de controle, o conjunto oscilou entre o quarto e o quinto melhor tempo da categoria, mas no caminho para o quarto WP (km 180) a dupla perdeu as referências de navegação e precisou recalcular a rota, chegando em 10º. Desde então a dupla gerenciou o tempo, brigando entre o 10º e o 12º lugar, posição que ocupou ao cruzar a linha final do trecho cronometrado.

“No Dakar nós não podemos chegar achando que vai acelerar com tudo. Tem que vir, conhecer e voltar pra correr de verdade. Nós só fomos entender a dinâmica da competição a partir da quinta etapa. E desde então, estamos competindo tentando entender como melhor se encaixar na prova”, comenta Gunter Hinkelmann.  “Hoje, eu considero que foi um dos melhores dias que tivemos. Quero agradecer a equipe BBR que preparou um carro excelente pra nós. Nos próximos dias, nossa estratégia não será olhar mais o resultado na geral, mas ficaremos focados em evoluir todo dia”, aponta.

O piloto da MSL destaca que o maior desafio do Dakar são as dunas. “E um tipo de piso que não temos tanto no Brasil, mas aqui é completamente diferente. É um excesso delas. No começo foi complicado, mas ao passar dos dias, nós aprendemos a lidar com elas e agora ficou um pouco mais fácil”, conclui.

O último deslocamento do Dakar 2024 promete uma verdadeira prova de resistência. No caminho ate Yanbu, uma especial de 480 quilômetros, a maior parte em piso duro, terreno árido e acidentado, com buracos e depressões ao longo do trajeto. Um verdadeiro desafio físico para os pilotos.

O Dakar é o maior rali off-road do mundo e acontece sob regulamento do W2RC, o Mundial organizado pela FIA que conta com cinco etapas. A distância total percorrida pelos competidores da edição 2024 é de 7.891 km, nos quais 4.727 km são de especiais cronometradas. Este ano, o percurso do Dakar terá até 60% de trechos inéditos e em quase todas as etapas passam por dunas.

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Fonte: SigCom.

Foto: Fotop