TCR Series – TCR South America abre temporada com vitórias de Reis e Pezzini
Sobrou emoção na abertura da temporada 2022 do TCR South America no Velocitta, com provas muito movimentadas.
A primeira corrida teve domínio do pole Raphael Reis, liderando todas as voltas com o novo Cupra da equipe W2 Pro GP e vencendo com direito a melhor volta da prova. Fabricio Pezzini foi segundo colocado e Juan Angel Rosso terceiro com o Honda. Em quarto, Antonio Junqueira venceu na Trophy.
Já a segunda corrida, marcada por uma longa intervenção do safety car teve pódio 100% argentino com vitória de Fabricio Pezzini encabeçando dobradinha da Lynk & Co ao lado de Manuel Sapag. Pablo Otero foi terceiro, mas perdeu a posição após punição dada ao fim da prova. Com isso, Adalberto Baptista herdou a vitória da Trophy e Raphael Reis subiu ao pódio da geral.
A tabela de pontos aponta liderança de Reis, com 86 pontos. Pezzini vem a seguir com 79 e Sapag aparece em terceiro com 58.
A próxima etapa do TCR South America acontece em Interlagos, nos dias 30 de abril e 1º de maio.
As corridas
Corrida 1
O pole Reis saltou bem e sustentou a liderança. Rosso tracionou menos que Pezzini e acabou ultrapassado na tomada da Caipirinha. Junqueira caiu para quarto e tentou também passar Rosso, sem sucesso. Sapag passou em quinto depois de uma largada segura.
Na terceira volta, Bia passou Otero para assumir a sexta posição, enquanto Lusquiños já vinha em nono numa respeitável escalada inicial de cinco posições.
Na volta 5, contato entre Adalberto Baptista e Fabio Casagrande em disputa pelo top 10 terminou com o Audi na barreira de pneus. Aizza passou os dois, bem como Lusquiños, que já era oitavo quando o safety car foi acionado.
A corrida foi reiniciada com bandeira verde na volta 6, com o top5 mostrando Reis, Pezzini, Rosso, Junqueira e Sapag. Logo atrás, Otero acossava Bia pelo sexto posto, enquanto Aizza pressionava Lusquiños pelo oitavo.
Na oitava volta Aizza passou Lusquiños se aproveitando de malsucedido ataque deste a Otero. Mas acabou levando o troco na passagem seguinte. Enquanto isso, Sapag emparelhava com Junqueira, que defendia a linha ideal com habilidade.
A partir da volta 10, Rosso alcançou Pezzini. O Honda se aproximava muito no trecho mais sinuoso do Velocitta, mas o Lynk & Co rendia mais na reta, impedindo a ultrapassagem. Mais atrás, Lusquiños passou Bia na volta 12 para ser sexto. No giro seguinte emparelhou com Sapag na tomada do Saca-Rolha, e concretizou a ultrapassagem por fora na curva da Paciência.
Com mais de 5s de vantagem, Reis venceu com direito a melhor volta. Pezzini conseguiu segurar Rosso para ser segundo. Em quarto, Junqueira ganhou pela classe Trophy e Lusquiños fechou o top5 com uma formidável escalada de 9 posições na prova que marcou sua estreia e a da equipe Crown Racing na categoria.
Corrida 2
Com a inversão do grid, a pole ficou com Casagrande, que teve Farina ao seu lado. Otero e Bia partiram da segunda fila, com Sapag e Aizza a seguir.
A largada foi conturbada. Farina ficou parado com a porta aberta. Mais atrás, Reis tentou atacar entre as duas linhas e acabou empurrado por Junqueira em cima de Rosso e do Lynk & Co de Pezzini e ficou rodado na reta. O safety car imediatamente foi acionado.
A ordem na pista indicava Casagrande, Otero, Adalberto, Junqueira e Pezzini no top5. Reis conseguiu retornar, em 13º.
A prova relargou na volta 3, com grande atuação de Otero, Pezzini subiu para segundo e Lusquiños avançou para terceiro após ficar por dentro em um 3-wide na curva da Mata.
O carro de Junqueira estava sendo resgatado quando o pelotão perigosamente alcançou esse trecho na volta seguinte. Pezzini e Sapag passaram Otero, enquanto os caros desviavam do resgate. A bandeira amarela foi acionada, e os dois Lynk & Co desportivamente cederam a liderança de volta a Otero. Ainda sob regime de safety-car porém, o pelotão foi reordenado, de modo que a ordem dos carros na relargada era Otero, Pezzini, Lusquiños, Sapag e Bia.
A relargada veio na volta 9 e Pezzini passou Otero na Curva 2. Aizza também passou Bia, ingressando no top5. A seguir passou Lusquiños para ser quarto. Reis já aparecia em sexto.
A dois minutos do fim, Sapag passou Otero com algum contato entre os carros. Aizza travou rodas, mas sustentou o quarto lugar, enquanto Reis passou Lusquiños. No giro seguinte, Reis passou o Hyundai na entrada da reta Oposta.
Na volta final Reis ainda atacou Otero duas vezes, mas o Peugeot defendeu a última posição no pódio. Pablo Otero foi terceiro, mas perdeu a posição após punição dada ao fim da prova. Com isso, Adalberto Baptista herdou a vitória da Trophy e Raphael Reis foi terceiro. A bandeirada selou a dobradinha para a Lynk & Co encabeçada por Pezzini seguido por Sapag.
O que eles disseram:
“Realmente só conduzi o carro, a W2 ProGP fez um carro excelente para mim. O momento decisivo foi a largada, depois tratei de controlar no safety-car, mas nosso carro era equilibrado e com bom ritmo, só precisei cuidar dos pneus para terminar na frente.”
Raphael Reis
“Foi um fim de semana inesquecível, minha primeira vez correndo fora da Argentina. Foi uma corrida maluca, começando pela largada e pelas intervenções do safety-car. Foram poucas voltas em bandeira verde e consegui avançar quando pude. Dedico essa vitória a toda minha família, minha equipe e aos argentinos.”
Fabricio Pezzini
“Foi um bom resultado na primeira corrida, o objetivo inicial era terminá-la, fazer a corrida com frieza e inteligência. Tracionei um pouco mal na largada, mas consegui manter a posição e terminar o dia no pódio.”
Juan Angel Rosso
“Muito feliz, foi uma boa corrida aqui no Velocitta. Na primeira corrida sofri um pouco com o carro, mas a segunda foi muito boa. Agradeço ao time da PMO Motorsport pelo ótimo carro que me proporcionaram.”
Manuel Sapag
“Foi um ensinamento essa corrida 1. Me avisaram que o carro perderia desempenho na parte final da prova, mas até então era muito rápido. Tomei uma pressão maior nas voltas finais, mas consegui sustentar bem e vencer na minha categoria.”
Antonio Junqueira
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Fonte: LF Press.
Foto: Divulgacao